Manaus está aproximadamente a 785 kms de distância da capital de Roraima, Boa Vista. Na verdade, faz muitos anos que viajo até lá e já percorri por mais de 4 vezes também o caminho de Boa Vista até a Ilha Margarita, no Caribe Venezuelano. Estive agora no feriado de 15 de novembro na cidade e fui até a fronteira com a Venezuela. Viajei no meu próprio veículo e utilizei um tanque e meio aproximadamente de gasolina. Saí de Manaus as 6:30 da manhã e abastecer o isopor com gelo e algumas bebidas para a viagem como água, todinho,yogurte e refrigerante pois durante o trajeto se torna mais difícil de encontrar e mais caro também é uma das coisas que você não pode esquecer de fazer. Entrei na BR 174 aproximadamente as 07:15 da manhã.
A estrada em seu início tem uma área urbanizada e que possui alguns radares de controle de velocidade.A grande maioria da mesma encontra-se em bom estado de preservação mas alguns trechos já em território do Estado de Roraima encontrei alguns buracos aos quais deve-se ter bastante atenção.
Se prepare para uma viagem em torno de 9 a 10 horas. Normalmente, vou reabastecendo ao longo da estrada e a primeira parada foi no Munícipio de Presidente Figueiredo a 107 kms de Manaus. No km 200 da Br aproximadamente tem início a Reserva dos Waimiri-Atroari que se estende por 123 kms em território do Amazonas e parte no território de Roraima. Por toda a reserva indígena encontramos bastante avisos de proibição de realizar paradas dentro da mesma como também de placas de proteção a fauna e a flora do local.
Durante toda a viagem vamos nos deslumbrando com a nossa Floresta Amazônica que se estende por quase mil kms interligando os Estados do Amazonas, Roraima e a Venezuela. Cruzamos região de florestas e cerrados também com inúmeros rios e igarapés em seu trajeto.
Nova parada na Vila do Jundiá já em Roraima e em seguida passamos na Vila do Equador por onde passa a Linha do Equador, inclusive com a existência de um monumento. Aliás a capital de Boa Vista é a única capital brasileira situada totalmente acima da Linha do Equador.
A próxima parada foi na cidade de Rorainópolis, onde completei novamente o tanque do carro.Na ida não parei para almoçar visto que o restaurante que costumo utilizar não se encontrava funcionando no momento de minha passagem por lá e então resolvi acelerar e almoçar em Boa Vista.
Após o km 500, seguindo pela esquerda cruzamos o Rio Branco através da ponte de Caracaí. Antes esse trajeto era realizado por balsa . Não parei para fotografar a ponte mas busquei uma foto dela nos arquivos do Google.Essa ponte foi inaugurada em outubro de 2000 e tem 700 metros de extensão.
Cruzamos depois as cidades de Iracema e Mucajaí e chegamos a Boa Vista. E como você pode observar na placa , pode-se também chegar a Guiana Inglesa e a fronteira Brasil Venezuela.
Chegamos em Boa Vista aproximadamente 16 hrs e não me hospedei em hotel. Dessa vez, fiquei com uma grande amiga minha que reside na cidade e tem uma casa próximo ao Parque Anauã.
A cidade de Boa Vista tem um traçado em forma de leque. A cidade tem largas avenidas que convergem todas para o centro.Um trânsito bastante tranquilo e é o ponto de partida para uma gama de atividades ligadas ao turismo ecológico.
O QUE FAZER EM BOA VISTA E ARREDORES
1- Passear na orla Taumanan– É uma grande estrutura suspensa construída sobre as margens do Rio Branco no centro histórico da cidade. Um lugar para um happy hour com os amigos com muitas lanchonetes, restaurantes e bares onde se pode ouvir música MPB.
2- Visitar o prédio da Intendência- Bem próximo a orla visitei o prédio da Intendência,onde funciona o Centro de Informações Turísticas da Prefeitura.
3- Bater papo com os amigos na Praça das Águas- Uma das coisas que acho muito legal na cidade são as diversas praças existentes. São locais aprazíveis e amplos onde encontramos as famílias ocupando esse espaço e com bastante segurança. Essa aqui em especial tem o espetáculo das fontes coloridas.
4- Caminhar no Parque Anauã- Confesso a vocês que apesar de estar hospedada bem próxima ao Parque não usufruí muito deste local. Mas é um espaço que a comunidade usa para praticar esportes e relaxar. Dispõe de anfiteatro, centro de artesanato indígena, galeria de artes, escola de música, horto florestal, lago, ginásio e restaurantes.
Fotos retiradas do arquivo do Google
5- Tomar um delicioso banho de rio- Essa uma das coisas que mais curto na cidade. É atravessar em uma voadeira no Rio Branco que custa R$ 6,00 por pessoa e ficar de molho como falamos aqui na região Norte em alguma das praias existentes.
6- Conhecer a Serra do Tepequém- Como não dispunha de muito tempo, a minha visita ao Tepequém durou somente poucas horas. Essa serra fica distante 210 kms de Boa Vista. Um lugar onde existiu um antigo garimpo de diamantes, é repleto de cachoeiras e se tornou um dos grandes lugares para a prática do eco turismo. Visitei somente duas cachoeiras sendo que a primeira não me recordo do nome mas a descida era bem íngreme e um lugar muito bonito.
Após nos perdermos por um tempo finalmente encontramos a cachoeira do Paiva,com uma escada creio que com 268 lances para descida.
7- Dar uma voltinha em Santa Elena, a primeira cidade da fronteira – Após passarmos por Pacaraima, onde pernoitamos, no outro dia cruzamos a fronteira com a Venezuela para tomar café em Santa Helena e visitar uma comunidade indígena. Troquei apenas 50 reais em bolívar e o cambio estava 1 real= 700 bolívares.
Após o café, fomos tomar um banho em uma comunidade indígena.
Dessa vez também fui conhecer o sítio da família de minha amiga. Como sempre tudo muito farto, muita comida, bebida e música animada e um belo igarapé de água geladinha.
Espero que vocês se sintam motivados a conhecer esse pedaço do Brasil. Você já conhece Boa Vista?